28.1.08

Let's go to the samba!

Batuque da alegria. Repinique de extasiamento. Surdo de pulsação acelerada do coração. Ganzá de ritmo certo. Cuíca incentivando a entrar no clima. Tamborindo mandando entrar no clima. Caixa dizendo "parou por quê?". E o agogô reincentiva.

O samba-enredo canta o passado. O passado como ensinamento. Ensinamento a partir de acontecimentos bons e ruins.

Ah. A ansiedade de sambar.
Sambar a felicidade, a página virada, os novos acontecimentos, os que estão por vir, as mágoas mais do que deixadas para trás.
Sambar malandramente os aborrecimentos e decepções ditos por momentos de magoamento. Não deviam ter sido ditos. Não valiam a pena nem adiantariam. Seriam aprendidos pelos alvos de qualquer jeito com o tempo. A maturidade ainda viria para eles.
Sambar a alegria de permanecer o mesmo. De não mudar com tudo. De não se deixar afetar mais.
Acima de tudo, sambar a si mesmo.

O final do desfile chega. A bateria se cala. O fim do carnaval.

Nada disso.

Carnaval tem todo ano.

Que o melhor venha no futuro.
Porque ele será o presente. E o presente, depois, passado.
E o passado a ser apresentado no próximo desfile.

Sambe atrás do futuro. O enredo deve ser o melhor!

Let's go samba!